A Palhoça Comunitária Martim Baró é a porta de entrada do Movimento Saúde Mental (MSM) desde seu início em 1996, quando passou a abrigar as vivências de Terapia Comunitária. Num trabalho pioneiro, ali foram criados os primeiros grupos de autoestima cuidando de mulheres das comunidades vulneráveis do Bom Jardim, em Fortaleza.
A palhoça foi também um dos berços de nascimento da Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), metodologia socioterapêutica genuína desenvolvida pelo MSM, que compreende o ser humano em suas dimensões biopsicossocioespirituais.
No decorrer das últimas décadas, a disseminação e fortalecimento de práticas terapêuticas ligadas às medicinas tradicionais e milenares, que a ASC abraça, gerou o reconhecimento de parte destas como política pública pelo Sistema Único de Saúde (SUS), dentro do que se convencionou como Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS).
Outra conquista histórica da comunidade do Grande Bom Jardim e do MSM, no âmbito da saúde mental, deu-se em 2005, com a inauguração do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Comunitário do Bom Jardim, fruto de uma parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde de Fortaleza e o MSM. Em regime de cogestão do espaço, o Movimento é responsável por acolher as pessoas que procuram o CAPS com as diversas modalidades terapêuticas realizadas. Desta forma, tanto aquelas que acessam a Rede Assistencial de Saúde Mental (RAPS) quanto as da comunidade têm acesso às PICS oferecidas na Palhoça.