(Participantes se reúnem na Palhoça para discutir sobre a valorização da vida / Foto: Marcos Calixto)
Planejado para debater sobre a importância da saúde mental na valorização da vida, o Movimento Amarelo reuniu a comunidade do Grande Bom Jardim e instituições como o CDVHS e o CCBJ, para celebrar a existência humana. A programação aconteceu nos dias 25, 26 e 27 de setembro, no Movimento Saúde Mental (MSM) e no Centro de Atenção Psicossocial Comunitário do Bom Jardim (CAPS).
Com vivências e troca de afetos, os participantes puderam se perceber como uma rede de apoio e desenvolver novas habilidades. Como é o caso dos participantes da oficina Flores de Setembro, que utilizaram as técnicas do bordado para criar lindos arranjos florais. Habilidades psicossociais também foram estimuladas. A Arteterapia Ateliê, oficina facilitada pela pedagoga e arteterapeuta Rosa Moreno, trabalhou a capacidade relacional, a autoestima e o autoconhecimento.
A música também esteve presente em vários momentos. Essa expressão artística se apresenta como instrumento promotor de bem estar e da qualidade de vida. Desde de abertura, que contou com a apresentação de Edney Melo e do grupo Canto e Coral, da Casa AME, outros momentos musicais fizeram parte do roteiro, como a oficina Musicoterapia do Viver, facilitada pelo psicólogo e musicoterapeuta Diego Melo.
Para Ana Paula, coordenadora da Casa AME, o Movimento Amarelo é uma chance que os participantes têm de enxergar uma nova oportunidade de continuar acreditando na vida. Além disso, ela avalia o evento como uma ocasião para as pessoas participarem de outras atividades, além daquelas que normalmente já frequentam. “Por ser um conjunto de atividades, você não está vindo para uma única programação. Aquela pessoa sabe que está acontecendo um movimento e, mesmo sendo pontual, ela quer algo diferente. Ela quer participar”, explica.
A arte também esteve presente em outros espaços. Na manhã da quarta-feira, aqueles que compareceram à Palhoça puderam desfrutar de uma roda de conversa sobre música e terapia, facilitada pelo músico Felipe Ricardo e pelo psicólogo Marcos Calixto. Complementando as atividades sonoras, o evento também contou com uma aula de zumba, prática que promove o relaxamento, estimula o autoconhecimento corporal e a criatividade, o que ajuda reduzir os sintomas de estresse e ansiedade.
Em pleno 2023, a questão da saúde mental ainda é um tabu para muitas famílias. A necessidade de debater sobre isso é percebida por muitos especialistas como sendo primordial na luta pela vida. Pensando nisso, a programação vespertina integrou os participantes em uma roda de conversa sobre a valorização da vida, guiada por Victoria, estagiária em psicologia do Movimento Saúde Mental.
Além disso, os participantes tiveram acesso a um momento de meditação e arteterapia, facilitado pelo psicólogo Marcos Calixto. Ao final do dia, os presentes puderam vivenciar mais uma vez a arte como ferramenta terapêutica. Aos cuidados da terapeuta Balbina Lucas, eles tiveram a oportunidade de expressar o que significa valorizar a vida, definindo perspectivas individuais. A partir de uma pedrinha e uma folha em branco, cada um desenvolveu sua obra que, em seguida, foi compartilhada e trocada com os demais, fortalecendo a conexão criada e desenvolvida ao longo dos dias entre cada um deles.
No último dia de evento, a animação e as apresentações não poderiam ficar de fora. O Movimento Amarelo encerrou sua programação com a belíssima performance do Coletivo de Mulheres do Centro Cultural Bom Jardim (CCBJ). O espetáculo contou com um repertório regional, celebrando a vivência litorânea da cidade. O Movimento Amarelo, por fim, certamente foi capaz de compartilhar sua mensagem: “Se precisar, peça ajuda!”.
GALERIA DE FOTOS – MOVIMENTO AMARELO 2023
Por Gabriele Félix