A Palhoça do Movimento Saúde Mental (MSM) foi palco de música, dança, mostra de artesanato e pintura corporal, no Simpósio de Direitos Humanos e Saúde Mental dos povos indígenas do Movimento Saúde Mental. O evento foi realizado no dia 29 de abril, no Bom Jardim, em Fortaleza.
O Toré – dança sagrada indígena – abriu o evento. Na mostra de artesanato, estavam expostos: brincos, colares, anéis, sandálias, bolsas, dentre outros. A exposição foi conduzida por Rosa Pitaguary, Clécia Pitaguary, Sandra Pitaguary, Rute Anacé e Angela Anacé.
Já na pintura corporal, Rony Pitaguary e Ranyele Pitaguary desenharam grafismos indígenas nos participantes, com tinta extraída do jenipapo.
Também foi realizado show musical com o músico Tony Souza e apresentação de flauta com as alunas da Casa AME – Arte, Música e Espetáculo, do MSM.
As alunas do curso de flauta tocaram as músicas Anunciação, de Alceu Valença, e Águas de Mani, canto presente no Torém, ritual sagrado do povo Tremembé. As meninas que se apresentaram têm aulas de flauta e participam, diariamente, do projeto Sim à Vida no espaço Daniel Comboni, na comunidade do Marrocos.
Para encerramento do evento, celebração ecumênica homenageou o líder indígena Benício Pitaguary, e a ex-voluntária do Movimento, Maria de Lourdes, falecidos em março. A celebração, coordenada por padre Rino Bonvini, teve a participação de Elizeu Sousa, representando a espiritualidade kardecista, e Nadya Pitaguary, representando a espiritualidade Pitaguary.
A Casa AME do MSM, responsável pela organização do evento, tem como um dos princípios a promoção do intercâmbio cultural. No Simpósio, esse princípio esteve presente durante toda a programação, entre os convidados, os profissionais do MSM, as crianças do projeto Sim à Vida e a comunidade do Bom Jardim.
Redação: Rayssa da Costa/Elizeu Sousa
Fotos: Rayssa da Costa
Leia mais em:
Movimento faz homenagem a Benício Pitaguary em simpósio sobre DH e saúde indígena
Mulheres indígenas falam de direitos, saúde, cultura e luta por território