O padre Rino Bonvini, presidente do Movimento Saúde Mental (MSM), e colaboradores receberam ontem (07/07)  pulseiras que estão em estudo visando evitar a Dengue, Zika, Chikungunya e Malária. Esta é a primeira remessa recebida pelo MSM e será destinada aos profissionais e voluntários do MSM.

A entrega foi feita pelo representante comercial da Ooze Nanotech, Manuel Azevedo, e pelo representante do Sindicato das Indústrias de Confecção de Roupas e Chapéus de Senhora no Estado do Ceará (Sindconfecções), Luiz Gonzaga Junior.

A Câmara Brasil Portugal de Comércio Indústria e Turismo no Ceará apoiou esta iniciativa, como afirma o seu presidente Antônio Eugênio Vieira Filho.

De acordo com os representantes, o fator preventivo das pulseiras se dá a partir da tecnologia X-OCR, que libera cheiros repelentes. Assim, os mosquitos Aedes Aegypti e Anopheles confundem os seres humanos com plantas, evitando a transmissão de doenças.

Em breve, a instituição receberá um novo lote de pulseiras, que será distribuído aos usuários das práticas de cuidados do Movimento Saúde Mental.

A distribuição das pulseiras no MSM se trata de um estudo de caso. Para isso, será feito uma supervisão de uso, com registro do nome e idade dos participantes, além da recomendação do uso correto dos dispositivos.

No Ceará, segundo a Superintendência Regional de Saúde (SRS) de Fortaleza, as notificações de Dengue, Zika e Chikungunya aumentaram 503,5% de janeiro a abril de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. A situação crítica e o potencial destrutivo dessas doenças fortalecem a importância da distribuição dos dispositivos.

As pulseiras

Para atingir a eficácia do produto, o fabricante orienta que o usuário use o dispositivo ajustado ao corpo durante o dia a dia, não sendo necessário remover o acessório para tomar banho, ir à praia ou dormir. 

Ângela Maria, primeira a testar pulseira repelente.

 

O fabricante destaca ainda que não há contra-indicações, além da idade mínima de 3 anos, pelo risco de engasgo. Assim, crianças acima de 3 anos, gestantes e demais grupos podem usar. Aqui, também estão incluídas pessoas alérgicas, já que o produto é produzido com silicone medicinal.

A tecnologia X-OCR é acompanhada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), pela Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) e pela Comissão Europeia.

A pesquisa é desenvolvida pela cientista Filipa Fernandes, formada em engenharia de produtos pela Universidade do Minho e diretora de tecnologia da Ooze Nanotech.

Redação: Rayssa da Costa com edição de Elizeu Sousa

Fotos: Yago Medina