Em novembro de 2015, após sete anos de avaliação, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, rejeitou a proposta de construção do oleoduto Keystone XL entre o Canadá e o estado americano do Nebraska. Para os movimentos ambientais e os índios Lakota, contrários ao projeto, o anúncio representou uma grande vitória.
Os riscos ambientais e sociais do XL
O XL é a última de quatro fases do sistema de oleodutos Keystone para transportar o betume diluído extraído das areias petrolíferas de Alberta, no sudoeste do Canadá, até o Golfo do México, no sudeste dos Estados Unidos, para ser refinado. O óleo dessas areias é altamente corrosivo e um dos combustíveis fósseis mais contaminantes. Exige grandes quantidades de energia para ser extraído e nesse processo gera subprodutos como o coque de petróleo, substância sólida com grande conteúdo de enxofre que quando queimada é mais suja do que carvão.
O trecho norte-americano da quarta fase do oleoduto se estenderia entre o povoado fronteiriço de Morgan, em Montana, noroeste do país, e a central Steele City, em Nebraska, onde se conectaria com tubulações já existentes que se dirigem para o sul. O trecho norte final atravessaria vários rios importantes, como os dois Vermelho, o Misuri e o Yellowstone, e passaria sobre o aquífero Ogallala, uma fonte de água doce subterrânea que abastece mais de um quarto das terras agrícolas irrigadas do país.
Se chegar a ser construído, transportará por ano o equivalente a 181 milhões de toneladas de dióxido de carbono. Embora o traçado contorne o território da reserva de Pine Ridge, na realidade passa entre este e Rosebud Reservoir, onde as comunidades dos índios Lakota extraem a água.
Com informações da IPS
Imagem: reprodução
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