(Em 2024, a parceria entre o MSM e o Instituto Cooperforte vai ofertar 4 cursos de gastronomia / Foto: Yago Medina)


Doces e Sobremesas Clássicas Gourmet, Pães do Mundo, Chocolatier e Patisserie e Confeitaria Contemporânea. Esses serão os 4 módulos ministrados durante os cursos profissionalizantes do projeto Gastronomia e Terapia: Novos Caminhos para a Geração de Renda e Autoestima. Em 2023, a parceria entre o Instituto Cooperforte e o Movimento Saúde Mental (MSM) qualificou mais de 40 profissionais, desses, 32 participantes conseguiram acessar o mercado de trabalho.

 

Durante os cursos, os participantes não só desenvolvem suas técnicas gastronômicas, como também aprendem os primeiros passos para se tornarem empreendedores de seus próprios negócios. A perspectiva de estabilidade financeira, o fortalecimento da autoestima e a criação de laços com outras pessoas que compartilham histórias e desafios semelhantes são fatores cruciais para o equilíbrio biopsicossocioespiritual. 

 

Renovada para 2024, a parceria entre as duas instituições promove a melhoria da qualidade de vida dos participantes através do cuidado com a saúde mental e da profissionalização gastronômica. As aulas acontecem na Escola de Gastronomia Autossustentável (EGA), espaço de formação e inclusão socioeconômica do MSM, potencializador da cultura gastronômica regional. A escola forma profissionais para o mercado da gastronomia e contribui para a sustentabilidade das ações socioterapêuticas do MSM.

 

A realização das aulas recebe o suporte técnico e metodológico da equipe do programa de extensão universitária Gastronomia Social, vinculada ao curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC). As ações desenvolvidas na EGA, como o projeto Gastronomie e Terapia, fazem parte da Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial.

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix