O evento foi iniciado às 8h, com a apresentação do projeto ‘Yaiá Quer Brincar’, do grupo Formosura de Teatro.

Júlia Vasconcelos

O seminário “O Direito de Ser Criança”, realizado pelo grupo Formosura de Teatro, ocorreu na última segunda-feira, 12, com participação de Sâmara Viana, coordenadora do projeto Sim à Vida do Movimento Saúde Mental. Também participaram representantes da Defensoria Pública, do Conselho Tutelar, do Centro de Defesa da Criança e do Adolescente e da Associação CircoLar.

O evento, que ocorreu no Theatro Morro do Ouro, discutiu formas de garantir os direitos fundamentais da criança junto do terceiro setor, de arte-educadores, gestores públicos e da sociedade em geral.

 

A mesa foi composta por Ana Cristina Barreto, Cecília Góis, Sâmara Sobreira, Joice Forte e Luis Talles.

O seminário tratou dos direitos da criança, que são garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), com destaque para o direito de brincar e o direito à educação, uma vez que o encontro teve como foco o combate ao trabalho infantil e a disseminação do “direito da criança de brincar, praticar esportes e divertir-se”, conforme os organizadores.

O evento marca o início das atividades do projeto do Formosura de Teatro, que já tem um histórico de parcerias com o Movimento Saúde Mental, chamado “Yaiá Quer Brincar”. 

Sâmara Viana, assistente social do Movimento Saúde Mental que coordena o projeto Sim à Vida, falou sobre a importância do asseguramento dos direitos da criança, sobretudo à educação e à saúde. “Primeiramente vem a educação e a saúde para que possamos garantir todos os outros direitos que a criança tem”.

No encontro, Sâmara falou também sobre o trabalho desenvolvido pelo Movimento Saúde Mental no Sim à Vida. Além de acolher crianças de 7 a 14 anos em áreas de maior vulnerabilidade socioeconômica, o projeto faz acompanhamento socioterapêutico com os familiares dessas crianças e adolescentes.

Sim à Vida

O propósito do Sim à Vida é proteger as crianças e adolescentes participantes de dependências químicas e de trabalho infantil, promovendo atividades artísticas e lúdico-esportivas, rodas de conversa, entre outras práticas. São atividades realizadas no contraturno escolar dos participantes.

O Sim à Vida acolhe 120 crianças e adolescentes diariamente, atuando nas comunidades do Bom Jardim e Marrocos, atualmente.

O projeto existe desde 1998 e já atendeu crianças e adolescentes do Maracanaú, dos bairros Olho D’água e Siqueira, bem como de outros bairros de Fortaleza como Granja Portugal e Santo Amaro.

Aplicando a Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), criada pelo padre Rino Bonvini, fundador do Movimento Saúde Mental, o Sim à Vida atua no desenvolvimento das inteligências múltiplas das crianças e adolescentes acolhidos.

Editor: Elizeu de Sousa