Nesta terça, (29/05), o padre Rino Bonvini, presidente do Movimento Saúde Mental Comunitária vai palestrar na Universidade Federal de Roraima. O tema é Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC): Uma experiência em Saúde Mental. A ASC é tecnologia socioterapêutica de múltiplo impacto desenvolvida há 22 anos no Bom Jardim, em Fortaleza. Essa é uma das atividades em Universidades do país.

Já na quarta, (30/05), o mestre em políticas públicas, Elizeu Sousa, e a psicóloga, Natália Martins, compõem a mesa de encerramento da X Semana de Psicologia da FATECI (Faculdade Pitágoras), no Centro de Fortaleza, Ceará. Eles também vão falar sobre a Abordagem Sistêmica Comunitária.

Essa tecnologia apresentada nas Universidades reúne técnicas terapêuticas reconhecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O princípio é o desenvolvimento da estabilidade biopsicossocioespiritual, que assegura a saúde plena. A tecnologia integra prevenção, terapêutica e inclusão social.

Por meio do desenvolvimento satisfatório da comunicação intrapessoal, interpessoal e transpessoal a pessoa busca a realização de uma autopoiese comunitária. Trata-se da integração do acolhido, envolvendo sua família e seu contexto social em um processo de evolução pessoal e transformação comunitária.

A conexão com a Abordagem Sistêmica Comunitária se dá por meio de espaços (lugares dinâmicos) de acolhimento, escuta e cuidado. No cuidado há um empoderamento da pessoa com o autoconhecimento, a elevação da autoestima e o desenvolvimento de suas potencialidades.

A Abordagem Sistêmica Comunitária, tecnologia socioterapêutica de múltiplo impacto, foi reconhecida como eficiente, eficaz e replicável em outros territórios pela Fundação Banco do Brasil (2009).

Esse processo socioterapêutico também é considerado uma “inovação em saúde mental sob a ótica de usuários”, como atesta artigo científico, da revista Ciência & Saúde Coletiva, Fortaleza, v.17, n. 3, p. 643-651, mar. 2012, baseado em pesquisa de BOSI, M. L. M. et al. As mesmas autoras também verificaram a “inovação em saúde mental: subsídios à construção de práticas inovadoras e modelos avaliativos multidimensionais” em publicação da revista Physis, Rio de Janeiro, v. 21, n. 4, p.1231-1252, out.2011.

A Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida e integrada ao MHIN (2018), a rede Global de Inovações em Saúde Mental. O MHIN é vinculada à Organização Mundial da Saúde.

Sobre o Movimento Saúde Mental

Fundado em 1996, o Movimento Saúde Mental atua, entre outras coisas, com grupos de terapia comunitária, embasado pela Abordagem Sistêmica Comunitária, e desenvolve atividades para todas as faixas etárias no bairro Bom Jardim, em Fortaleza e bairros vizinhos.