(Crianças do Sim à Vida Fortaleza ganham cones de chocolate na Páscoa / Foto: Renê Dino)

 

A ressurreição de Cristo, simbolizada pela Páscoa, nos convida a renovar as nossas esperanças e refletir sobre o amor, o perdão e a união. Para celebrar a data, os colaboradores do projeto Sim à Vida, em Fortaleza, organizaram uma rifa solidária para arrecadar insumos para a produção de cones trufados, que foram distribuídos às crianças participantes do projeto nos núcleos Marrocos e Pé no Chão, na periferia de Fortaleza. 

 

Durante a semana, Renê, Raelly, Beatriz, Karen, Kelly, Izidan, Sâmara e toda a equipe que participa e apoia o Sim à Vida uniu forças para organizar uma confraternização para as crianças. Além de planejarem a rifa, os colaboradores também colocaram a mão na massa por horas para confeccionar os cones trufados, produzidos com a ajuda da equipe e da cozinha da Escola de Gastronomia Autossustentável (EGA), do Movimento Saúde Mental (MSM). 

 

O objetivo era que todas as crianças do Sim à Vida Fortaleza tivessem um momento de comemoração pela data, troca de experiências e claro, acesso às típicas guloseimas associadas à data. Para Renê Dino, coordenador do Sim à Vida Fortaleza, o objetivo era fazer com que as crianças ganhassem chocolates e entendessem o real significado da Páscoa. “A maioria das crianças não têm acesso a chocolate na Páscoa. Distribuir esse cone trufado e explicar o significado da Páscoa é algo bem único. Muitas crianças ficaram bem ansiosas para receber e comer logo”, explica.

 

O coordenador também conta a emoção da equipe ao entregar os doces e ver a reação das crianças. “ Para a equipe toda foi bem gratificante. Fizemos os cones no feriado de segunda feira, fora do horário de trabalho e todas estávamos bem animados. Foi muito muito gratificante”, comemora. O Sim à Vida é um projeto que busca estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas das crianças e adolescentes acolhidos, fortalecendo-os para que evitem quaisquer dependências, especialmente buscando preveni-las contra o uso de substâncias entorpecentes. 

 

Em Fortaleza, as atividades são realizadas em parceria com a Secretaria de Proteção Social (SPS), mediante seleção em edital do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ceará – CEDCA (2023-2024), acolhendo 120 crianças e seus familiares. As práticas cotidianas são voltadas para desenvolver o autoconhecimento e as potencialidades por meio de relaxamento, rodas de conversa, atividades lúdicas e esportivas, arte, música e espetáculo. Junto ao acolhimento, é realizado o cuidado socioterapêutico das crianças e de seus familiares. O projeto também atende crianças e adolescentes em três núcleos em territórios indígenas Pitaguary, em Maracanaú, com o apoio da a Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Maracanaú (SASC).

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

 A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.

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Redação por Gabriele Félix e fotos por Renê Dino