“Caminhando, cantando e inventando novos caminhos”, é assim que o padre Rino Bonvini define a participação do Movimento Saúde Mental Comunitária (MSMC) no 13º Intereclesial de Cebs (Comunidades Eclesiais de Base) em Juazeiro do Norte, de 7 a 11 de janeiro de 2014.
Além do padre Rino, participaram, também, os coordenadores Dóris Linhares (Projeto Sim à Vida), Natália Tatanka (Juventude Indígena Realizando Sonhos), Eliahne Brasileiro (Casa AME) e o índio Benício Pitaguary (CABJ-Pré Vestibular). Acompanharam a equipe do MSMC, os índios Pitaguary, Neto Witko e Caroline; o menino Iago Martins e a fotógrafa Fernanda Brasileiro.
No Intereclesial de Cebs, eles conviveram por uma semana com cerca 4 mil pessoas de várias regiões brasileiras e também do exterior. De acordo com Natália, foram momentos de convivência e troca de experiências junto a outros 70 indígenas, desde a acolhida por pessoas amigas na Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, na Palmeirinha, bairro de Juazeiro do Norte, até os momentos de celebração e partilha de reflexões sobre a questão indígena no país.
Witko Pitaguary destaca a realização de rituais pedindo chuva para o Nordeste e as noites culturais. No acampamento, tendas reuniam diversos povos indígenas do Brasil. “Um momento forte foi o ritual dirigido pelo pajé Antonio Xucuru Cariri, de Alagoas”, recorda Witko.
O grupo do MSMC e os índios Pitaguary se integraram ao evento através da Abordagem Sistêmica Comunitária que acolhe, escuta e ajuda a empoderar as pessoas. Foram momentos de troca de saberes e reflexões sobre a conjuntura dos povos que lutam para superar situações de desigualdade, especialmente catadores, quilombolas, índios, juventude e agricultores familiares.
Sobre o Movimento Saúde Mental
Fundado em 1996, o Movimento Saúde Mental atua, entre outras coisas, com grupos de terapia comunitária, embasado pela Abordagem Sistêmica Comunitária, e desenvolve atividades para todas as faixas etárias no bairro Bom Jardim, em Fortaleza e bairros vizinhos.