O Núcleo de Psicologia Comunitária da Universidade Federal do Ceará (Nucom), parceiro do Movimento Saúde Mental Comunitária (MSMC), iniciou nesta quinta-feira, 24/01, uma série de entrevistas com moradores da região do Grande Bom Jardim. O órgão recolheu dados para uma pesquisa sobre as implicações psicossociais da pobreza. O trabalho de coleta de informações prossegue até abril deste ano.

De acordo com Verônica Ximenes, coordenadora do Nucom, a pesquisa é financiada pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) através de edital.

“O núcleo elaborou um instrumento quantitativo que buscará caracterizar os elementos da pobreza multidimensional, com escalas já aplicadas, como por exemplo, a ideia de fatalismo ou de sentimento comunitário”, destaca Verônica.

A pesquisa pretende captar também os impactos da seca, fenômeno que atinge todo o Ceará, o bem estar pessoal evidenciando os elementos de qualidade de vida e a escala de esperança, dentre outros aspectos.

O estudo vai envolver até 15 pessoas, entre estudantes de graduação e pós-graduação, mestrado e doutorado. Em abril, em outra etapa da atividade, os pesquisadores vão trabalhar com grupos focais para coletar dados qualitativos.

Serão ouvidas pessoas envolvidas nos projetos do MSMC que desenvolve a tecnologia socioterapêutica da Abordagem Sistêmica Comunitária, realizado há 16 anos. Também serão entrevistas outras pessoas da comunidade

Os pesquisadores irão à Palhoça, à Casa de Aprendizagem, ao Centro de Atenção Psicossocial Comunitário (Caps), espaços do Movimento Saúde Mental Comunitária. Irão, ainda, visitar famílias da comunidade do Marrocos, que têm suas crianças participando no Projeto Sim à Vida.

 

Sobre o Movimento Saúde Mental

Fundado em 1996, o Movimento Saúde Mental atua, entre outras coisas, com grupos de terapia comunitária, embasado pela Abordagem Sistêmica Comunitária, e desenvolve atividades para todas as faixas etárias no bairro Bom Jardim, em Fortaleza e bairros vizinhos.