Nos dias 20 e 21 de agosto de 2018, defensores e defensoras militantes dos Direitos Humanos, entre leigas, leigos e religiosos combonianos no Brasil, reuniram-se em São Paulo. O objetivo do encontro foi compartilhar experiências e pensar novos caminhos de libertação de qualquer negação da dignidade humana.

Do encontro dos combonianos no Brasil, surge a Articulação Comboniana de Direitos Humanos (ACDH), a partir da proposta de integração dos serviços de garantia e efetivação de direitos, iluminados pela mística comboniana.

O cuidado, a escuta e a mística cristã e cidadã são caminhos essenciais para fortalecer quem está na linha de frente da defesa dos Direitos Humanos. Também para proteger as pessoas que padecem sob o jugo de legislações e políticas negadoras de equidade e inclusão.

A educação popular e a participação são o compromisso permanente para desmontar esse sistema que exclui, descarta e destrói a vida.

“Este sistema é insuportável: não o suportam os camponeses, não o suportam os trabalhadores, não o suportam as comunidades, não o suportam os povos…. E nem sequer o suporta a Terra, a irmã Mãe Terra.

Este sistema atenta contra o projeto de Jesus, contra a Boa Nova que Jesus trouxe.” (Papa Francisco)

A articulação assumiu ainda compromissos com:

  • Investimento na intracomunicação, bem como na qualificação da linguagem para dialogar com quem não compartilha as mesmas ideias e valores.
  • Partilha de experiências bem sucedidas e denúncias de situações de violações do direito.
  • Intercâmbio entre os assessores dos diferentes centros de defesa de direitos humanos.
  • Formação qualificada para incidir de maneira ainda mais eficaz, priorizando a formação em Direitos Humanos e a busca da espiritualidade que alimenta e sustenta a luta em defesa da vida.
  • Encontros nacionais anuais, com destaque em 2019 para os temas “Cuidado e espiritualidade” e “Políticas Públicas”, tema da Campanha da Fraternidade.
  • Integração entre as ações em defesa dos direitos e da cidadania e a pastoral, a celebração, a espiritualidade comboniana e outros caminhos religiosos.

 

As instituições que propuseram a articulação são: Centro de Defesa da Vida e dos Direitos Humanos Carmen Bascarán(Açailândia-MA), Centro de Defesa da Vida Herbert de Souza (Fortaleza-CE), Centro de Defesa dos Direitos Humanos Padre Franco Pellegrini (Salvador-BA), Centro de Defesa dos Direitos Humanos Dom Oscar Romero (Santa Rita-PB), Centro de Defesa de Direitos Humanos de Sapopemba Pablo Gonzales Olalla (São Paulo-SP), Centro de Defesa dos Direitos da Criança e Adolescente Mônica Paião Trevisan (São Paulo-SP), Centro de Defesa dos Direitos Humanos da Serra (Serra-ES), Movimento Saúde Mental Comunitária (Fortaleza-CE), Associação de Apoio aos Assentamentos Rurais e Comunidades Quilombolas (PB), Rede Justiça nos Trilhos (MA), Centro de Migrações e Direitos Humanos e Missão Comboniana (RR) e Escolasticado Comboniano (São Paulo-SP).

 

Sobre o Movimento Saúde Mental

Fundado em 1996, o Movimento Saúde Mental atua, entre outras coisas, com grupos de terapia comunitária, embasado pela Abordagem Sistêmica Comunitária, e desenvolve atividades para todas as faixas etárias no bairro Bom Jardim, em Fortaleza e bairros vizinhos.