(Participantes do Gastronomia e Terapia têm aulas sobre cidadania e boas práticas na cozinha / Foto: Yago Medina)


Antes de colocar a mão na massa, é importante aprender a manipular corretamente os alimentos e também conhecer sobre sua história. Essa foi a tarefa da primeira semana de aulas teóricas dos cursos do projeto
Gastronomia e Terapia: Novos Caminhos para a Geração de Renda. Iniciadas no dia 01 de abril, as aulas teóricas ajudam os participantes a entender o funcionamento da cozinha profissional e incluem módulos sobre Cidadania e Boas Práticas na Cozinha.

Às segundas-feira, durante os encontros realizados na Palhoça Terapêutica, os participantes são acolhidos e recebem os cuidados socioterapêuticos junto aos psicólogos Natália Tatanka e Fídias Guimarães. Nesta semana, na aula sobre Cidadania, os alunos se reuniram para assistir e debater o filme Sérgio, que conta a história do Alto Comissário de Direitos Humanos da ONU, Sérgio Vieira de Mello.

No módulo sobre Boas Práticas na Cozinha, os participantes são apresentados ao universo de conhecimento sobre cada uma das linhas temáticas de cada área. O projeto conta com 4 turmas para o ano de 2024: Doces e Sobremesas Clássicas Gourmet, Pães do Mundo, Chocolatier e Patisserie e Confeitaria Contemporânea. 

 

Além de proporcionar o desenvolvimento de habilidades e técnicas gastronômicas, o percurso formativo do projeto engloba também aulas sobre Empreendedorismo, Educação Financeira, Empoderamento Digital e o domínio teórico e prático nas 4 linguagens da gastronomia até a inserção no mercado de trabalho. O “Gastronomia e Terapia” contribui com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 3 – Saúde e Bem Estar, 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, e 10 – Redução das desigualdades.

 

O projeto Gastronomia e Terapia é uma realização do Movimento Saúde Mental, com o fomento do Instituto Cooperforte. A realização das aulas recebe o suporte técnico e metodológico da equipe do programa de extensão universitária Gastronomia Social, vinculada ao curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix