(Homenagem ao centenário de José Matos de Abreu é realizado na Secretaria de Estado do Ceará / Foto: Divulgação COPAF/SESA)

 

Na manhã da quinta-feira, 23, o Movimento Saúde Mental (MSM) participou da homenagem ao centenário do criador das Farmácias Vivas, José Matos de Abreu, realizada na Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA). O evento, realizado no Dia Nacional da Planta Medicinal, celebra a vida e o legado do farmacêutico Francisco José de Abreu Matos, criador do projeto Farmácias Vivas, na Universidade Federal do Ceará (UFC). 

 

Durante a ocasião, foram discutidas informações sobre o projeto de cultivo, em áreas indígenas, de onze plantas medicinais para a produção de fitoterápicos. Entre as plantas de interesse medicinal, está a Lippia alba (cidreira), a partir da qual se produz o elixir de cidreira, um calmante. A cidreira é dos cultivos feitos nas hortas comunitárias do MSM, tanto em Fortaleza, no Bom Jardim, quanto no Sítio Wopila, em Maracanaú. 

 

O cultivo a Lippia alba está inserido no projeto de extensão da UFC dedicado a farmácias vivas, desenvolvido em parceria com o Movimento Saúde Mental. O elixir é produzido no Núcleo de Fitoterápicos (Nufito), da Secretaria da Saúde do Ceará. O elixir de cidreira é um calmante com funções sedativas e ansiolíticas. Seu consumo contribui para o controle de ansiedade, visando a redução do uso de fármacos que geram efeitos colaterais nos usuários. O elixir é distribuído gratuitamente nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).

 

Entre os presentes estiveram Elizeu Sousa, coordenador do Movimento Saúde Mental, Vaudelice Porto, Secretária Executiva da SESA, Ida Matos, filha do professor Abreu Matos,  os profissionais de Saúde Fernanda França, Amanda Frota, Mary Anne  Bandeira, sucessora do professor Matos, na UFC, Júlio Peixe, Aleksandra Barroso Gomes, entre outros convidados. Ao final do evento, foram distribuídos kits com produtos fitoterápicos e plantas medicinais.

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

 A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix