(Participantes do cursos de gastronomia do Programa Criando Oportunidades, realizados no Sítio Wopila / Foto: Yago Medina)
A parceria do Movimento Saúde Mental (MSM) com a Secretaria de Proteção Social do Governo do Estado (SPS), por meio do Programa Criando Oportunidades, proporcionou a qualificação de 20 mulheres e um homem em gastronomia de doces e salgados. O curso, encerrado na tarde desta terça-feira, 14, foi ministrado pelo Instituto Maria da Hora. Em breve, será anunciada a cerimônia de entrega dos certificados.
As atividades foram realizadas no Sítio Wopila, espaço de formação e produção, que integra o programa de autossustentabilidade do Movimento Saúde Mental. A produção do sítio é direcionada para os projetos socioterapêuticos e o excedente é comercializado.
O curso, iniciado no dia 09 de abril, contou com aulas de segundas às sextas-feira, no turno da tarde e atendeu familiares dos participantes do programa Sim à Vida, incluindo moradores do território indígena Pitaguary, em Maracanaú.
Durante o curso, os alunos produziram receitas regionais, como bolos de macaxeira, cenoura, batata e abacaxi, coxinhas, pães doces e beijinhos. Além de aprimorar técnicas e habilidades culinárias, os participantes criaram um espaço de acolhimento, onde também puderam desenvolver seu equilíbrio biopsicosocioespiritual. Luana Santos, coordenadora do Sim à Vida Maracanaú, conta que “é inspirador ver organizações trabalhando juntas para criar impacto positivo nas comunidades”.
A coordenadora ainda reforça a importância de garantir um diálogo aberto e parceiro para fortalecer a conexão entre a comunidade. “Beneficia os pais responsáveis pelas crianças do Sim à Vida que, enquanto os filhos estão sendo bem acolhidos e tendo aprendizados, os pais também aprendem uma profissão a mais para melhorar a renda familiar”, explica.
O MSM agradece a Onélia Santana pela atenção da SPS na formação das empreendedoras, parte delas indígenas Pitaguary
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SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA
A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.
Redação por Elizeu Sousa e Gabriele Félix
Fotos por Yago Medina