(Participantes do Sim à Vida se apresentam em evento da Prefeitura de Maracanaú / Foto: Arquivo MSM)

 

Na terça-feira, 7, crianças e adolescentes do projeto Sim à Vida, dos núcleos de Maracanaú, participaram da cerimônia de abertura do Ciclo de Palestras sobre “Políticas de Assistência Social e de Segurança Alimentar e Nutricional”, realizados pela Prefeitura de Maracanaú, através da Secretaria da Assistência Social e Cidadania e Secretaria Especial de Integração de Políticas Sociais. Durante o evento, os participantes se apresentaram com música tradicional e com o toré. 

 

A cerimônia de abertura também contou com apresentação artística de mulheres recontando a história das lavadeiras, por meio de coreografia. O espetáculo artístico “Maracanaú 41 anos: História e Vida”, homenageou o município. 

 

A palestra proferida por Márcia Helena Carvalho Lopes, contou com a presença de autoridades do Poder Executivo e Legislativo Municipal. Intitulada de “Políticas de Assistência Social e de Segurança Alimentar e Nutricional: contribuições para o enfrentamento das desigualdades sociais”, esta foi a quarta palestra de um ciclo iniciado em abril de 2023. 

 

O programa “Sim à Vida” é desenvolvido pelo Movimento Saúde Mental desde 1999, a partir de então vinculado ao Departamento de Medicina da Universidade Federal do Ceará como projeto de extensão. Teve suas ações ampliadas por meio de financiamento da União Europeia e da CBM Internacional de 2015 a 2019. Suas ações são integradas aos demais programas do Movimento Saúde Mental.

 

O principal objetivo do Sim à Vida é elevar a autoestima e estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas das crianças e adolescentes acolhidos, fortalecendo-os para que evitem quaisquer dependências, especialmente buscando preveni-las contra o uso de substâncias entorpecentes. Os beneficiários dessa ação habitam áreas de vulnerabilidade social de Fortaleza e de Maracanaú. São crianças e adolescentes de famílias em situação de extrema pobreza. 

 

Atualmente, o Sim à Vida dispõe de dois núcleos em Fortaleza, acolhendo 120 crianças e três núcleos voltados para crianças do território indígena Pitaguary, acolhendo outras 90 crianças e adolescentes, em parceria com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania de Maracanaú.

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

 A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix e Elizeu Sousa