(Diversidade sociocultural foi tema de debate no Curso Básico de Atualização em Imunização para Profissionais de Vacinação da Saúde Indígena / Foto: Arquivo MSM)
Na manhã desta segunda-feira, 01, foi realizada a solenidade de abertura do Curso Básico de Atualização em Imunização para Profissionais de Vacinação da Saúde Indígena, em Fortaleza. O evento, promovido pela Escola de Saúde Pública do Ceará Paulo Marcelo Martins Rodrigues (ESP/CE), em parceria com a Secretaria de Saúde do Estado do Ceará (SESA), por meio da Coordenadoria de Imunização (COIMU/SESA), e o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) do Ceará, contou com uma apresentação cultural das crianças e adolescentes do projeto Sim à Vida, realizado pelo Movimento Saúde Mental e a Secretaria de Assistência Social e Cidadania (SASC) de Maracanaú.
Entre os dias 01 a 05 de julho, os coordenadores de imunização, as equipes de saúde indígena e as comunidades tradicionais se reúnem para discutir o fortalecimento de políticas de saúde voltadas aos povos indígenas do Ceará. Durante a cerimônia de abertura, os participantes do Sim à Vida Maracanaú realizaram uma apresentação do toré, a dança sagrada Pitaguary, acompanhada por cantos. O evento contou com a participação do secretário especial de saúde indígena, Weibe Tapeba, que ministrou a Palestra Magna “Política Nacional de Atenção à Saúde dos Povos Indígenas – PNASPI”.
O curso tem como objetivo divulgar as práticas bem-sucedidas adotadas pelos municípios e regiões de saúde no Ceará, no setor de saúde indígena. Entre as atividades previstas, está a I Mostra de Experiências Exitosas em Imunização na Saúde Indígena, com a apresentação das ações desenvolvidas entre os anos de 2023 e 2024.
Além da participação de Weibe Tapeba, a solenidade de abertura reuniu autoridades como o Dr. Luciano Pamplona e a secretária dos povos indígenas do Estado do Ceará, Juliana Alves. Após a mesa de abertura com a Palestra Magna e as apresentações culturais, foram debatidos temas como a diversidade sociocultural, atenção integral à saúde indígena e vigilância em saúde no contexto de imunização.
SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA
A Abordagem Sistêmica Comunitária é uma metodologia socioterapêutica multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.
por Gabriele Félix