(Formação em Abordagem Sistêmica Comunitária prepara profissionais para previnir e cuidar de pessoas com dependência química / Foto: Yago Medina)

 

Assinada na manhã desta terça-feira, 25, a parceria entre o Movimento Saúde Mental e Secretaria de Proteção Social do Ceará irá promover a Formação em Abordagem Sistêmica Comunitária com ênfase na Prevenção da Dependência Química. O objetivo é preparar técnicos da Secretaria Executiva de Política sobre Drogas para aplicar a metodologia da Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), oferecendo um repertório socioterapêutico de prevenção, acolhimento, cuidado e reinserção social e profissional voltado a atenção a pessoas em vulnerabilidade ou com problemas relacionados ao uso de substâncias entorpecentes.

 

A solenidade para a assinatura do Termo de Fomento contou com a participação da Secretária da Proteção Social, Onélia Santana, e do presidente do Movimento Saúde Mental, padre Rino Bonvini.  A formação será desenvolvida em dois cursos com módulos presenciais, trabalhando a tecnologia da Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), através de teorias, vivências e prática. 

 

A ASC é uma tecnologia socioterapêutica multidisciplinar e de múltiplo impacto que atua na prevenção e na transformação do sofrimento psíquico e existencial. Fundamentalmente, é uma tecnologia social de caráter preventivo visando a promoção da vida com harmonia, dignidade e cidadania. Desenvolvida há mais de 28 anos pelo MSM, a ASC é uma tecnologia social inovadora identificada e certificada como eficaz e replicável pela Fundação Banco do Brasil e inserida, em 2009, em seu banco de Tecnologias Sociais. Em 2018, foi reconhecida como inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.

 

Essa metodologia já foi multiplicada e difundida em outras regiões do Ceará, do Brasil e do mundo, como em La Paz, na Bolívia, no Paraguai e no Peru, em parceria com grandes organizações sociais e organismos governamentais, visando as formações de suas equipes e resultados para os sistemas de Saúde desses países. A Abordagem Sistêmica Comunitária engloba um conjunto de ações socioeducativas, socioculturais e socioterapêuticas indutoras de mudanças na qualidade de vida da população a partir do envolvimento das próprias pessoas e comunidades em um processo chamado de “autopoiese comunitária”, em que a própria comunidade gera vida nova em processos coletivos e solidários. 

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix