Atualmente, o Sim à Vida dispõe de dois núcleos em Fortaleza, acolhendo 120 crianças e três núcleos voltados para crianças do território indígena Pitaguary / FOTO: ARQUIVO MSM
No dia 9 de novembro, crianças e adolescentes do projeto Sim à Vida Maracanaú – que atua em três núcleos no território indígena Pitaguary: Horto, Olho D’Água e Santo Antônio – participaram do evento Herança Nativa, realizado no hotel ecológico Sesc Iparana, em Caucaia. Durante o passeio, o grupo conheceu e prestigiou a identidade cultural cearense, incluindo suas próprias raízes indígenas. Em 2024, o encontro completa 10 anos, reunindo povos indígenas, ciganos, quilombolas e comunidades rurais entre os dias 08 e 12 de novembro, com uma programação gratuita dedicada às expressões socioculturais dos povos originários do Estado.
Sob orientação da coordenadora do projeto, Luana Tremembé, as crianças e adolescentes passaram nos estandes de culinária regional e degustaram as tapiocas das mulheres Pitaguary. Também brincaram de mira no alvo, argolas, jogo de dama, aprenderam a montar um tabuleiro de madeira e, no fim, assistiram a apresentação indígena dos Tremembé. O objetivo do encontro é reunir em um coletivo que valoriza a memória social, preserva a própria cultura e motiva outros povos a também reconhecerem suas origens.
Em Maracanaú, o projeto Sim à Vida é realizado em cogestão com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura de Maracanaú, com apoio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) do Governo Federal. A cultura indígena é a base para o desenvolvimento das atividades com as crianças e adolescentes Pitaguary. O projeto acolhe 90 crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, com cadastro NIS. Os beneficiários habitam áreas de vulnerabilidade social de Fortaleza e Maracanaú. São crianças e adolescentes de famílias vulnerabilizadas pela extrema pobreza.
Serviço
Data: até 12/11, terça-feira
Local: Sesc Iparana Ecoresort (Av. José de Alencar, 150 – Iparana, Caucaia)
Horários: 9 a 11/11, das 8h às 12h e das 13h às 22h; 12/11, das 8h às 12h
SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA
A ASC é uma metodologia socioterapêutica multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.
Por Yasmin Louise