Ações de fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, de conscientização e de conhecimentos de direitos, especialmente da criança e do adolescente, bem como profissionalização e de inclusão socioeconômica de familiares também contemplam o programa Sim à Vida / FOTO: LUANA TREMEMBÉ

 

O Sim à Vida Maracanaú, do Movimento Saúde Mental (MSM), realizou na quarta (20/11), o desfile cultural Infância sem Racismo, em alusão ao Dia da Consciência Negra, com o intuito de valorizar a cultura afro-brasileira. O evento contou com a participação de lideranças Pitaguary e representantes da cultura negra, com a presença das crianças acolhidas, pais e integrantes do projeto. 

 

Além do desfile, outras atividades como dança cultural e o toré das crianças foram realizadas. Também foi debatido o racismo para promover a conscientização. “Estivemos todos reunidos com um só propósito: a valorização da raça humana, da vida e sua diversidade cultural. Precisamos unir nossas forças contra o racismo”, afirma Luana Tremembé, coordenadora do projeto.

O programa “Sim à Vida” é desenvolvido pelo Movimento Saúde Mental desde 1999 com o objetivo de elevar a autoestima e estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas das crianças e adolescentes acolhidos, fortalecendo-os para que evitem quaisquer dependências, especialmente buscando preveni-las contra o uso de substâncias químicas que causam dependência. Atualmente, o projeto dispõe de um núcleo em Fortaleza, acolhendo 60 crianças, e três núcleos em Maracanaú, além de atividades na Escola Indígena de Educação Básica do Povo Pitaguary na aldeia Santo Antônio, alcançando 121 crianças e adolescentes.

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

A ASC é uma metodologia socioterapêutica multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.

Por Richardson Lael