Além dos cuidados com a saúde mental, a ação visa perpetuar a cultura dos povo indígena Pitaguary / FOTO: Yago Medina
A partir deste semestre, o Sim à Vida Maracanaú, programa de prevenção à dependência química do Movimento Saúde Mental (MSM), que possui três núcleos no Território Pitaguary – Olho D´Água, Santo Antônio e Horto –, está implementando suas práticas diretamente nas salas de aula do núcleo Santo Antônio. As práticas terapêuticas e de valorização da cultura indígena são incluídas na grade de atividades extracurriculares de turmas do ensino fundamental da Escola Indígena de Educação Básica do Povo Pitaguary, em Maracanaú.
O projeto conta com uma equipe multidisciplinar que acompanha as turmas do segundo, quinto e nono ano, oferecendo atividades no contraturno escolar. Ao longo da semana, além de momentos diários de relaxamento e autocuidado, são oferecidas oficinas de grafismo indígna, aulas sobre ancestralidade e natureza, rodas de escuta e brincadeiras. O cronograma ainda está sendo ajustado para garantir uma melhor organização da escola e uma maior imersão dos alunos durante as atividades.
Luana Tremembé, coordenadora do Sim à Vida Maracanaú, destaca que o novo formato está ajudando os alunos a lidarem melhor com o estresse da preparação para as provas do SPAECE (Sistema Permanente de Avaliação da Educação Básica do Ceará). Durante o tempo dedicado ao projeto, os estudantes têm a oportunidade de expressar seus sentimentos e relaxar.
Com a metodologia da Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC), desenvolvida pelo Movimento Saúde Mental (MSM), o Sim à Vida atua na prevenção às drogas e promove o desenvolvimento das inteligências múltiplas, como inteligência artística, linguística, musical, entre outras. O projeto proporciona às crianças e adolescentes condições para criar consciência de seu próprio potencial e autonomia, além de reforçar a autoestima, as raízes indígenas e os vínculos comunitários e familiares.
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Por Yasmin Louise