A Oficina de Violão é uma das atividades da Casa AME (Arte, Música e Espetáculo). Iniciada em março deste ano, conta com 15 alunos/as que são orientados/as pelo músico e compositor Tony Souza, parceiro do Movimento Saúde Mental desde 2018. A oficina tem ajudado a formar musicalmente, crianças, jovens e adultos que buscam um primeiro contato ou o aprimoramento das técnicas com o instrumento.

O grupo engajado e cheio de curiosidade se reúne no auditório da Casa AME nas manhãs de quarta-feira para aprender as técnicas do violão e desenvolver a memória e concentração a partir dessa atividade, que além de divertida tem grande potencial terapêutico. No exercício dessa atividade em grupo não é difícil notar as duplas que se ajudam e trocam conhecimentos. Quem já domina um certo acorde logo se prontifica a estender a mão e ajudar a posicionar corretamente a do/a colega.

Tony costuma propor exercícios que complementam os temas das aulas, apresenta uma progressão nova, que embora pareça avançada e arregale os olhos dos/as alunos/as que não a dominam na primeira tentativa, ele logo tranquiliza a todos:  “Vocês não vão dominar isso agora, essa é uma construção que vai acontecer ao longo do curso”. Entre tentativas surgem as mãos que se levantam e os chamados de dúvidas. Tony passeia pela sala, que se organiza em meio círculo e favorece um contato direto, pessoal e de orientação tranquila, entre risadas e os novos sons que estão sendo descobertos.

Esta é mais uma ação da Casa AME que também tem a perspectiva da arteterapia, um conceito querido ao Movimento Saúde Mental, que reconhece as expressões artísticas como um caminho de fortalecimento pessoal e comunitário, além de um poderoso agente de promoção da autoestima e da expressão pessoal e cultural no dia a dia. Na oficina de hoje eles/as conheceram a construção sonora do clássico “A casa”, de Vinícius de Moraes, de letra curiosa e bem conhecida sobre a história de uma casa muito engraçada que não tinha nada. 

 

Por Lívia Vieira