(Tradicional festa de São João estimula a interação social e o bem estar dos usuários / Foto: Gabriele Félix)

 

Para encerrar a época de festividades juninas, a Palhoça Terapêutica do Movimento Saúde Mental (MSM) amanheceu com uma programação diferente. Nesta quarta-feira, 03, foi celebrada a festa de São João do CAPS Comunitário do Bom Jardim, em parceria com o MSM. O evento é uma oportunidade de promover a inclusão e a integração dos usuários às festividades tradicionais da cultura do país, além de ajudar a fortalecer a autoestima e a saúde mental dos participantes. 

 

A festa teve a participação dos usuários e dos profissionais do CAPS e do Movimento Saúde Mental, além da população, que compareceu caracterizada com trajes alegóricos, incluindo chapéu de palha e blusa xadrez. A celebração contou ainda com muita música, tocada pela banda Pra Lá e pra Cá. O trio de músicos também participou do karaokê improvisado que tomou conta do palco. 

 

Ana Cristina, coordenadora do CAPS Comunitário do Bom Jardim, fala sobre a importância de eventos como esse para a saúde dos usuários. “É uma grande alegria comemorar os festejos juninos. Esses momentos representam uma legítima ferramenta terapêutica para o tratamento dos usuários. Esses eventos são de grande integração social, espaço de descontração, que reúne usuários, familiares e servidores, os quais se aproximam e fortalecem vínculos, trazendo um bem estar e ar fresco para saúde mental como um todo”, explica emocionada.

 

O destaque do dia ficou com a quadrilha improvisada. Com duplas formadas por usuários e profissionais do CAPS e do MSM, a dança contou com todas as tradições. Com direito a participação de um noivo e uma noiva da quadrilha, a coreografia teve passos de forró, grande roda, serrote, túnel e, ao final do embalo, o desfile para escolher o rei e a rainha do milho. Aqueles que se voluntariaram para dançar ainda receberam prêmios pela participação, oferecidos pelo grupo Fuxico e Terapia. 

 

Ivan Nogueira, coordenador da Palhoça, explica que o objetivo dessa atividade, que já virou tradição, é estimular a interação social e o bem estar dos usuários. Para o psicólogo, celebrações como essa também ajudam a promover um grande encontro entre os usuários com os seus familiares e com as equipes do MSM e do CAPS Comunitário. “Durante o ano, nós trabalhamos todas essas diversidades culturais. Não poderia faltar o nosso momento de comemorar, esse grande momento de festejar, dançar e tudo isso que as festas juninas representam; essa alegria do nosso povo nordestino. Isso é muito importante porque estimula a interação social e o bem estar dos nossos usuários”, conta.

 

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SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

 

A Abordagem Sistêmica Comunitária (ASC) é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 

por Gabriele Félix