Atualmente, o Sim à Vida dispõe de três núcleos em Maracanaú, acolhendo 90 crianças e adolescentes no território indígena Pitaguary / FOTO: LUANA TREMEMBE

 

Desenvolvido pelo Movimento Saúde Mental (MSM), o programa Sim à Vida Maracanaú, no território Pitaguary, tem como objetivo elevar a autoestima e estimular o desenvolvimento das inteligências múltiplas das crianças e adolescentes acolhidos, fortalecendo-os para que evitem quaisquer dependências, especialmente buscando preveni-las contra o uso de substâncias entorpecentes.

 

Atuando em três núcleos: Horto, Olho D‘água e Santo Antônio, as atividades consistem em práticas cotidianas como relaxamento, rodas de conversa, atividades lúdicas e esportivas, arte, música e espetáculo. 

 

Destacando as atividades de agosto, os moradores acolhidos aprenderam sobre plantação de hortaliças sob liderança de Nazaré Pitaguary, além de oficina de artesanato, onde as crianças aprenderam a fazer colares de miçanga com a arte educadora Zenir Alves.

 

Exercícios físicos  e brincadeiras recreativas como jogos de tabuleiro marcaram os dias livres (sextas feiras). 

 

 

Também foram realizadas aulas sobre grafismo juntamente com a prática de pintura corporal indígena, mediadas pela educadora indígena Tayná Alzira, como parte do trabalho de resgate e valorização da cultura e aprendizados dos povos originários. As crianças também participaram da dança toré, ritual que une e dança, religião, luta e brincadeira.

 

 

 

Promovendo o Agosto Lilás, em virtude da conscientização pelo fim da violência contra a mulher, os participantes conheceram mais sobre a Lei Diana Pitaguary para conscientizar estudantes de escolas indígenas sobre temas como violência contra a mulher, o feminicídio e a importunação sexual.

 

 

O mês se encerrou com uma apresentação cultural, à convite da escola Ari de Sá, levando e fortalecendo a cultura por meio do canto e da dança.

 

 

No município, o projeto Sim à Vida é realizado em cogestão com a Secretaria de Assistência Social e Cidadania da Prefeitura de Maracanaú, com apoio do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) do Governo Federal. A cultura indígena é a base para o desenvolvimento das atividades com o povo Pitaguary. O projeto acolhe crianças e adolescentes de 5 a 14 anos, com cadastro NIS. Os beneficiários habitam áreas de vulnerabilidade social de Fortaleza e Maracanaú. São crianças e adolescentes de famílias vulnerabilizadas pela extrema pobreza.

 

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

 por Richardson Lael