Baseado na cultura maker, o LabINEC incentiva a aprendizagem informal, social e cooperativa com foco na criação de dispositivos tecnológicos / FOTO: MÔNICA RIBEIRO 

 

O projeto LabINEC, realizado na Casa AME do Movimento Saúde Mental (MSM), oferece formação em tecnologias digitais para mulheres de 15 a 22 anos do Grande Bom Jardim. O Instituto Nordeste Cidadania (INEC) realiza o LabINEC, em parceria com o MSM. Esta turma, iniciada em agosto, qualifica as estudantes em design Ui/Ux, além de desenvolver habilidades relacionadas a programação, raciocínio lógico e utilização de ferramentas digitais na produção de sites, visual de aplicativos e comunicação visual com os usuários.

 

As aulas ocorrem de forma híbrida, onde parte do conteúdo pode ser acessado pela internet, e aos sábados são realizadas aulas presenciais nos equipamentos do LabINEC presentes na Casa AME do MSM. Até dezembro 20 jovens serão qualificadas. 

 

Mônica Ribeiro, coordenadora da iniciativa, destaca a importância desta capacitação para as jovens, após a formação elas poderão com mais facilidade acessar o mercado de trabalho em demandas da área da tecnologia da informação. “O mercado de trabalho vem demandando cada vez mais profissionais capacitados em desenvolver ferramentas digitais eficazes que viabilizem a interação entre os usuários/as, empresas e oferta de serviços. Dessa forma, nossas jovens designers, ao final do curso, receberão certificado e estarão aptas a desenvolver produtos que sejam solução de problemas em tecnologias digitais”.

 

O LabINEC oferta cursos de Robótica, Jogos Digitais e Criação de Aplicativos para crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos, com duração de quatro meses. O objetivo do LABInec é despertar nas crianças os potenciais criativos e a capacidade de solucionar problemas. A partir dos conceitos de Aprendizagem Baseada em Problemas (PBL), Design Thinking (DT) e Aprendizagem Baseada em Projeto (ABP), a metodologia envolve pesquisa, engajamento e participação dos alunos na busca por solução de problemas e desafios, mediante a observação e a cocriação. Assim, a BSQ Inova e o INEC realizam a formação, enquanto o MSM oferece o espaço da Casa Ame e mobiliza os estudantes.

 

A metodologia de ensino se baseia na busca de soluções de problemas e desafios, através da observação e cocriação. Os jovens também contam com acompanhamento pedagógico e psicológico orientados pela Abordagem Sistêmica Comunitária. 

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde. 

Por Richardson Lael