O trabalho do projeto é o resultado da parceria entre o Movimento Saúde Mental, o programa de extensão Gastronomia Social e o Ministério das Mulheres / FOTO: ARQUIVO MSM
A segunda semana de fevereiro marcou o início das aulas práticas do Gastronomia e Terapia: Caminhos para a Geração de Renda e Autoestima. Dos dias 11 a 14, as turmas Pães do Mundo, Chocolatier, Pâtisserie e Confeitaria Contemporânea, Doces e Sobremesas Clássicas e Gourmet focaram suas atividades em preparar as primárias receitas de cada curso, aplicando os conceitos introdutórios e praticando as análises sensoriais de cada prato.
Foram feitos pão de forma e pão integral, bolos regionais (bolo de milho, bolo mole, bolo de macaxeira e grude), cupcakes e chantininho, além de temperagem de chocolate. Os participantes também discutiram sobre memória gastronômica e aprenderam a calcular o preço de cada produto.
MÓDULO DE CIDADANIA
O tema abordado na aula do módulo de cidadania do dia 10/02 foi “Direitos da Criança e do Adolescente”. Ministrada pela conselheira tutelar da regional V, Leide Daiana, a palestra abordou os direitos e deveres do segmento infantojuvenil e qual a atuação do Conselho Tutelar no acolhimento das mães de filhos/as que necessitam de cuidados especiais. O tema é essencial no contexto dos cursos já que mais de 50% das participantes são mães e enfrentam grandes desafios em função de que muitas também assumem a maternidade sozinhas.
O Gastronomia e Terapia é uma iniciativa realizada pelo Movimento Saúde Mental, com o Termo de Fomento n° 961633 firmado junto ao Ministério das Mulheres, com parceria do projeto de extensão Gastronomia Social, do curso de Gastronomia da Universidade Federal do Ceará (UFC), responsáveis pelo suporte técnico e metodológico. As ações contribuem com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS): 3 – Saúde e Bem Estar, 8 – Trabalho Decente e Crescimento Econômico, 10 – Redução das desigualdades.
SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA
A ASC é uma metodologia socioterapêutica multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.
Por Richardson Lael