A arteterapia é uma técnica terapêutica que utiliza a expressão artística para ajudar as pessoas a se auto conhecerem e a se expressarem. / FOTO: ARQUIVO MSM

 

A coordenadora da Casa AME (Arte, Música e Espetáculo) Dom Franco Masserdotti, Ana Paula Fernandes, representou o Movimento Saúde Mental no seminário internacional “Saúde mental, redes e desafios atuais – crianças, adolescentes e jovens”. O evento, realizado nos dias 10 e 11 de outubro deste ano em Brasília, foi realizado pelo Departamento de Saúde Mental, Álcool e Outras Drogas do Ministério da Saúde. 

 

A experiência Casa AME com arteterapia na promoção da saúde mental fez parte das oficinas realizadas no evento. Em oficina, Ana Paula expôs um conjunto de expressões artísticas que ajuda as pessoas em vulnerabilidade social e econômica a resgatar a autoestima e a cidadania, contribuindo também para a construção de uma sociedade mais consciente e mais justa, na busca de seus direitos e no fortalecimento da cultura. 

 

“É importante saber que a arteterapia trabalha com a arte e o autoconhecimento permitindo que essa seja um instrumento de cura e um lugar para que as pessoas podem desenvolver as múltiplas inteligências  (cinestésica, espacial e intrapessoal) por meio da arte musical, visual, teatro, colagens, dança, artesanato entre outras.  A expressão artística propicia acessarmos o mais profundo do nosso ser, permitindo o autoconhecimento e dando a oportunidade  de nos curar”, destaca a coordenadora.

 

A arteterapia desenvolvida na Casa AME beneficia um público bem diverso, desde crianças, adolescentes, jovens, adultos, incluindo usuários da Palhoça Comunitária e do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Comunitário do Bom Jardim.

Algumas das atividades realizadas na Casa AME são: cursos de teclado, violão, piano, flauta, percussão, canto, cartões orgânicos, pintura em tela, pintura em tecido, fuxico, bonecas, bordado, contações de histórias, sala de cinema e vídeo, teatro popular de rua, passeios culturais e outras linguagens artísticas. A Casa conta ainda com uma biblioteca comunitária (ponto de leitura), que desenvolve atividades de incentivo à leitura.

 

As discussões nas oficinas facilitaram a construção de propostas que vão subsidiar o fortalecimento da Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas e o cuidado de crianças, adolescentes e jovens em rede.

 

 

 

SOBRE A ABORDAGEM SISTÊMICA COMUNITÁRIA

A ASC é um sistema socioterapêutico multidisciplinar e de múltiplo impacto, que atua na prevenção do sofrimento psíquico e existencial. Organizada sob três princípios – Autopoiese Comunitária, Trofolaxe Humana e Sintropia -, a Abordagem Sistêmica Comunitária foi reconhecida, em 2009, como tecnologia socioterapêutica efetiva e replicável pela Fundação Banco do Brasil de Tecnologia Social. Já em 2018, a ASC foi considerada uma inovação em Saúde Mental pelo MHIN (Mental Health Innovation Network) – vinculado à Organização Mundial da Saúde.

Por Richardson Lael